Homenagem a Jairo Ferreira

Amigo e colaborador de Contracampo, Jairo Ferreira faleceu em agosto de 2003. Choque duplo: assim como perdíamos alguém próximo fisicamente, apesar das diferenças de cidade, perdíamos também uma das principais referências em termo de estilo e poder evocativo de escritura na literatura brasileira de cinema. Os presentes textos são nossa humilde homenagem a uma das mais brilhantes mentes que já povoou o ideário crítico nacional, legítimo irmão de alma e escrita de Torquato Neto, Galvão (dos Novos Baianos), e todos esses dignos sucessores de Oswald de Andrade. Enquanto Arthur Autran traça o percurso profissional-biográfico de Jairo, Guiomar Ramos tece uma escrita da intimidade em que tenta flagrar nos gestos mais prosaicos os aspectos mais essenciais da vida do amigo e guru. Os tetos de Jairo aqui coligidos por Alessandro Gamo são parte da extensa coleção de artigos que Jairo escreveu para o jornal da comunidade oriental paulista São Paulo Shimbun. Coleção essa que será editada pelo próprio Alessandro Gamo, a ser publicada ainda esse semestre. Deixando vocês com essas cinco pérolas que não estarão na compilação, esperamos que a leitura de Jairo – imortal porque datada, pertencente a um período específico e retirando dele todo o gosto possível – ilumine novos caminhos e que as sintonias sempre buscadas pelo guru continuem se fazendo mesmo quando ele já não está mais aqui. (Ruy Gardnier)

"Meu anarquismo precisa de você, espectador", por Guiomar Ramos

Sintonia Intergalaxial, por Arthur Autran

Especial: Jairo Ferreira no São Paulo Shimbun

O Corpo Ardente, por Jairo Ferreira (16/12/66)

Dragão e Brasil Ano 2000, por Jairo Ferreira (19/6/69)

Fuller e Gil, por Jairo Ferreira (25/12/69)

Ex (im) plosões desvairadas, por Jairo Ferreira (16/12/71)

Condensadores e diluidores, por Jairo Ferreira (6/1/72)