CINEASTAS COREANOS CONTEMPORÂNEOS
Verbetes e filmografias dos principais cineastas coreanos ativos até hoje.

BONG JOON-HO (n. 1969)
Salinui chueok (Memories of Murder, 2003)
Flandersui gae (Barking Dogs Never Bite, 2000)
Também roteirista (Antarctic Journal, um dos mais recentes blockbusters do cinema coreano), Bong Joon-ho ganhou reconhecimento através de seu segundo longa-metragem, Memories of Murder, baseado no caso real de um serial-killer que matou dez mulheres. Apesar de não ter metade da intensidade de um filme como Minha Vingança, de Shohei Imamura, o filme se sustenta em seus próprios pés como uma espécie de cinema que os americanos um dia souberam fazer mas não mais. Memories of Murder talvez seja o filme coreano recente que mais consegue conjugar cinema de gênero com questionamento adulto. Pensou em Sidney Lumet nos anos 70, em filmes como Serpico e Um Dia de Cão? Não estamos tão longe assim. (RG)

HONG SANG-SOO (n. 1960)
Keuk jang jeon (Tale of Cinema/Conto de Cinema, 2005)
Yeojaneun namjaui miraeda (Woman Is the Future of Man/A Mulher É o Futuro do Homem, 2004)
Saenghwalui balgyeon (Turning Gate, 2002)
Oh! Soo-jung (Virgin Stripped Bare by Her Bachelors/A Virgem Desnudada por seus Celibatários, 2000)
Kangwon-do ui him (The Power of Kangwon Province/O Poder da Província de Kangwon, 1998)
Daijiga umule pajinnal (The Day a Pig Fell Into the Well/O Dia em que o Porco Caiu no Poço, 1996)
Maior nome da nova geração do cinema coreano, Hong estudou cinema na Califórnia, em Chicago, passou algumas temporadas na França vendo filmes, e depois voltou para a Coréia para se transformar em um dos autores decisivos do cinema contemporâneo. Vencedor do Tiger Award do Festival de Roterdã com seu primeiro filme, que tem por título uma expressão idiomática que poderia ser traduzida como "O dia em que a vaca foi pro brejo". Já há dois filmes seus filmes estréiam na maior vitrine do cinema de autor do mundo, a seleção oficial do Festival de Cannes. Curiosamente, nunca nenhum de seus filmes foi jamais exibido no Brasil comercialmente ou em festivais. É um cineasta a se ver o mais urgentemente possível. Para mais informações, ver texto nessa edição.

HUR JIN-HO (n. 1963)
Oechul (2005)
Bomnaleun ganda (One Fine Spring Day, 2001)
Palwolui Christmas (Christmas in August, 1998)
Go-cheol eul wihayeo (For Go-chul, 1993)
Ver Christmas in August é uma experiência bastante semelhante a ver determinados filmes independentes americanos no estilo de Judy Berlin ou dos filmes de John Sayles: centrado em personagens introspectivos mas cheios de vida, finitude resignada da existência, elogio da vida mediana. Não que seja sem valor, pelo contrário: há algo bastante convidativo no clima ameno do filme, mas vê-se claramente que o fôlego pára por aí. Em One Fine Spring Day, não há muita diferença. Vamos ver como ele se sai com seu novo, Oechul. Ainda é cedo para descartá-lo. (RG)


IM KWON-TAEK (n. 1936)
99 longas-metragens; seus últimos filmes são:
Haryu insaeng (Low Life, 2004)
Chihwaseon (Strokes of Fire/Pinceladas de Fogo, 2002)
Chunhyang (Amor Proibido, 2000)
Chang (1997)
Chukje (Festival, 1996)
Taebek sanmaek (Taebak Mountains, 1994)
Sopyonje (1993)
Janggunui adeul III (Son of a General III, 1992)
Gaebyeok (Fly High Run Far, 1991)
Janggunui adeul II (Son of a General II, 1991)
Janggunui adeul (Son of the General, 1990)
Aje aje bara aje (Come Come Come Upward, 1989)
Yeonsan ilgi (Diary of King Yonsan, 1988)
Sibaji (The Surrogate Woman, 1987)
Adada (1987)
Ticket (1986)
Entre seus filmes mais famosos antes desse período, estão
Gilsoddeum (Gilsodom, 1986)
Mandala (1981)
Gitbaleobtneun gisu (The Hidden Hero, 1980)
Jokbo (Genealogy, 1979)
Dumanganga jal itgeola (Farewell to the Duman River, 1962), seu primeiro filme.
Ver texto nesta edição.

IM SANG-SOO (n. 1962)
Geuddae geusaramdeul (The President’s Last Bang/A Última Transa do Presidente, 2005)
Baramnan gajok (A Good Lawyer's Wife/Uma Mulher Coreana, 2003)
Nunmul (Tears, 2000)
Chunyudleui jeonyuksiksah (Girls' Night Out, 1998)
O debut de Im Sang-Soo para as platéias brasileiras será nesse Festival do Rio, com Uma Mulher Coreana e A Última Transa do Presidente. O primeiro lhe garantiu uma maior divulgação ao ser selecionado para o Festival de Veneza de 2003, e o segundo vem lhe garantindo dores de cabeça com a justiça coreana pelo retrato do assassinato do ex-presidente Park Chung-hee em 1979. Apesar de menos conhecidos do circuito internacional de festivais (certamente a platéia de Im Sang-Soo está mais para os circuitos "arte e ensaio" do que para as grandes bilheterias, embora seus filmes sejam bastante vistos), Tears e Girls' Night Out também têm boa reputação. (RG)

JANG SUN-WOO (n. 1952)
Sungnyangpali sonyeoui jaerim (Resurrection of the Little Match Girl, 2002)
Gojitmal (Lies/Mentiras, 1999)
Nappun yeonghwa (Timeless Bottomless Bad Movie, 1998)
Chi fei zhou (Indian Fetish Cult, 1997)
Ggotip (A Petal, 1996)
Gilwe-eui younghwa (The Cinema on the Road, 1995)
Neoege narul bonaenda (To You, From Me, 1994)
Hwaomkyung (Passage to Buddha, 1993)
Gyeongmajang ganeun kil (The Road to the Racetrack, 1991)
Woomuk-Baemi ui sarang (Lovers in Woomuk-Baemi, 1989)
Songgong sidae (The Age of Success, 1988)
Seoul Hwangje (The Emperor of Seoul, 1986)
Pelos três últimos filmes desse realizador, é impossível fazer uma idéia sobre sua carreira como um todo, ou até do que passa por sua cabeça. O mínimo a se dizer é que o epíteto de enfant terrible do cinema coreano não deveria ir para Kim Ki-Duk, e sim para Jang Sun-woo, figura que tem mais a fazer do que brincar com sexo à maneira da perverão (incrível superioridade de Mentiras em relação a A Ilha) e que, na hora de fazer um filme para alavancar sua carreira, com direito a inúmeros efeitos especiais (Resurrection of the Little Match Girl), ele faz um dos filmes mais doidos vistos nos últimos anos, completamente obrigatório para quem gosta de videogames (a "história" do filme é um entregador de comida que entra num jogo virtual em que o objetivo é fazer a garota dos fósforos morrer de inanição pensando no jogador). Uma espécie de retomada acid de Matrix que foi um dos maiores fracassos de bilheteria do cinema coreano recente. E isso faz do filme (e do cinema de Jang) algo tanto mais interessante. (RG)

JEONG JAE-EUN (n. 1969)
Taepungtaeyang (The Aggressives, 2005)
Yeoseot gae ui siseon (If You Were Me, 2003) episódio
Goyangileul butaghae (Take Care of My Cat/Cuide das Minhas Coisas, 2001)
Os espectadores de um obscuro filme coreano no Festival do Rio de 2002 puderam confirmar: há mais do que simples sensibilidade de menina no cinema de Jeong Jae-eun. Dirigiu o mais abstrato e interessante episódio do filme If You Were Me, produzido pela Comissão de Direitos Humanos da Coréia do Sul, com uma linguagem estilizada e personagens improváveis num filme sobre preconceito: um menino que mija na cama e um homem acusado de assédio sexual. Esperamos ansiosamente por The Aggressives, pois o cinema de Jeong Jae-eun se destaca facilmente da produção média da Coréia. (RG)

KANG JE-GYU (n. 1962)
Taegukgi hwinalrimyeo (Tae Guk Gi: The Brotherhood of War/A Irmandade da Guerra, 2004)
Swiri (Shiri/Shiri: Missão Terrorista, 1999)
Eunhaengnamoo chimdae (Gingko Bed, 1996)
Shiri foi a carta de apresentação do cinema comercial coreano ao mundo. Visto por aproximadamente 20% de toda população coreana, viajou ao redor da Ásia (coisa inédita até então para um filme coreano) e chegou aos primeiros lugares de bilheteria no Japão e em Hong Kong. Seu filme seguinte não deixou por menos. Maior bilheteria do país em 2003 e com uma forte penetração nos mercados internacionais, A Irmandade da Guerra conta a história de dois irmãos na guerra civil coreana. (RG)

KANG WOO-SUK (n. 1960)
Gonggongui jeog 2 (Another Public Enemy, 2005)
Silmido (2003)
Gonggongui jeog (Public Enemy, 2002)
Saenggwabu uijaryo cheonggu sosong (Bedroom and Courtroom, 1998)
Maegjuga aeinboda joheun 7gaji iyu (7 Reasons Why Beer Is Better Than a Lover, 1996)
Tukabseu 2 (Two Cops 2, 1996)
Manula jugigi (To Kill My Wife, 1994)
Tukabseu (Two Cops, 1993)
Mister Mama (1992)
20 salgajiman salgo shipeoyo (I Only Want to Live to 20, 1992)
Yeolahob jeolmanggeute buleuneun hanaui salangnolae (Teenage Love Song, 1991)
Nuga yongui baltobeul boatneunga (Who Saw the Dragon's Claws?, 1991)
Naneun nalmada ileoseonda (I Stand Up Every Day, 1990)
Haengbokeun seongjeogsunoi anijyanchayo (Happiness Has Nothing to Do with Student Records, 1989)
Dalkomhan shinbudeul (Sweet Brides, 1989)
Um dos maiores realizadores do cinema comercial coreano, é autor notadamente dos policiais Two Cops e Public Enemy, grandes sucessos, assim como Silmido, thriller militar em forma de superprodução que foi uma das maiores bilheterias da história coreana. (RG)

KIM DONG-WON (n. 1955)
Songwhan (A Repatriation, 2003)
One Man (2001)
Another World We Are Making (1999)
The 6 Day Struggle at the Myong Dong Cathedral (1997)
We'll Be One (1995)
Haengdang-dong People (1994)
In the Forest of Media (1993)
Standing on the Edge of Death (1990)
Sangkeiy-dong Olympics (1988)
Raro caso de documentarista de carreira na Coréia a alcançar projeção internacional, Kim Dong-won ganhou em 1997 com The 6-Day Struggle... o prêmio de melhor documentário no Festival de Pusan, o mais importante do país. Mas foi só com A Repatriation, sobre espiões da Coréia do Norte presos há 30 anos no Sul, que alcançou maior repercussão. Kim acompanhou uma série de ex-espiões por doze anos e fez um filme bastante pungente, mas sem o brilho que temos tido ultimamente de documentaristas asiáticos (Wang Bing na China, Rithy Panh no Camboja). Suas outras produções são médias-metragens, geralmente feitos em vídeo, para a televisão. (RG)


KIM JI-WOON (n. 1964)
Dalkomhan insaeng (A Bittersweet Life, 2005)
Janghwa, Hongryeon (A Tale of Two Sisters, 2003)
San geng (Three, 2002) episódio "Memories"
Coming Out (2001)
Banchikwang (The Foul King, 2000)
Choyonghan kajok (The Quiet Family, 1998)
Inicialmente diretor de comédias recheadas de elementos fantásticos, freqüentou alguns festivais temáticos (Fantasporto, Málaga) com seu primeiro filme, faturando prêmios. Alcançou projeção bem maior com A Tale of Two Sisters, filme de terror que se aproveitou do filão dos filmes de horror em escolas femininas aberto por Whispering Corridors. A Bittersweet Life é um filme de vingança que até tem seu interesse na primeira metade, mas que na segunda é tão inconsistente que dá até saudades de Oldboy, filme que claramente serviu de base para o projeto (RG).

KIM KI-DUK
Hwal (2005)
Bin-jip (3-Iron/Casa Vazia, 2004)
Samaria (Samaritan Girl, 2004)
Bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom (Spring, Summer, Fall, Winter... and Spring/Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera, 2003)
Hae anseon (The Coast Guard, 2002)
Nabbeun namja (Bad Guy, 2001)
Suchwiin bulmyeong (Address Unknown/Endereço Desconhecido, 2001)
Seom (The Isle/A Ilha, 2000)
Shilje sanghwang (Real Fiction, 2000)
Paran daemun (The Birdcage Inn, 1998)
Yasaeng dongmul bohoguyeog (Wild Animals, 1996)
Ag-o (Crocodile, 1996)
Marginal no próprio país, darling de muitos curadores de festivais internacionais, Kim Ki-duk começou como autodidata - talvez seu único mérito digno de nota - e em 1996 filmou Crocodile de forma totalmente independente. Desde então ele faz pelo menos um filme por ano (em 2004 foram dois, Casa Vazia e Samaria, ambos trabalhando numa linha de sadomasoquismo existencial e psico-sexualidade problemática). Aqui também se comprou o engodo: Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera e Casa Vazia entraram em cartaz e foram bem falados por muitos críticos. Mesmo antes já havia uma adesão se prefigurando, quando o Festival do Rio exibiu A Ilha - quem assistiu ao filme deve lembrar do extremismo estéril nas cenas de introdução de anzóis na vagina de uma mulher, ou nas cenas de animais sendo realmente torturados. Os filmes de Kim não raro fazem referência à sua própria trajetória de vida, a exemplo de Wild Animals (1997), que mostra um artista de rua vivendo em Paris - o que ele de fato já foi - e representando o "destino histórico" da Coréia (a sensibilidade marginal, não custa lembrar, é o tema que vai retornar em Casa Vazia). The Coast Guard (2002) é possivelmente imantado da sua passagem pela marinha. Embora Kim se refira a seus anos de serviço como uma época feliz, The Coast Guard narra o enlouquecimento de um soldado logo que ele mata um civil por engano, numa das cenas de maior gratuidade de uma filmografia já particularmente marcada pelas hipérboles (violência infundada, estratégias de choque barato, apelações dramáticas se fazendo passar por sofisticadas): um rapaz recebe vários tiros enquanto seu corpo ensangüentado se convulsiona sobre a menina com quem transava quando recebeu o primeiro disparo. The Coast Guard às vezes parece querer soar como a versão naïf e - consciente disso ou não - descerebrada de Nascido para Matar. Para quem não viu o filme, é só imaginar um remake do filme do Kubrick assinado por Jean-Pierre Jeunet e... não, melhor nem imaginar. Kim teve seu último filme, The Bow, exibido em Cannes este ano. Segundo Gavin Smith, editor da revista Film Comment, nem os admiradores do diretor conseguirão achar palavras para defender o fiasco. Kim tem tudo para se tornar figurinha fácil em nosso "circuito de arte", portanto não será preciso esperar muito para ver se Gavin Smith tem razão. (LCOJr.)

KIM TAE-YONG (n. 1969) e MIN KYU-DONG (n. 1970)
Yeogo goedam II (Memento Mori, 1999)
Não existe coisa mais inexplicável do que o fato de que esses dois realizadores, um vindo da ciência política e outro da economia, não filmaram nada depois de Memento Mori. Alguns curtas separados, alguns curtas juntos, e vem a oportunidade de estrear no longa-metragem com a continuação de Whispering Corridors, e simplesmente fizeram o melhor dos filmes de terror em escola secundária feminina. Esperamos avidamente por uma continuação da carreira. (RG)

KWAK JAE-YONG (n. 1959)
Nae yeojachingureul sogae habnida (Windstruck, 2004) Keulraesik (Classic, 2003)
Yeopgijeogin geunyeo (My Sassy Girl, 2001)
Em seu primeiro longa-metragem, Kwak Jae-Yong fez um dos grandes hits do cinema coreano. My Sassy Girl é um romance adolescente entre um adolescente introvertido e uma menina de gestos bruscos e imprevisíveis. Baseado num diário de internet que virou livro best-seller, o filme tem seu charme de relato adolescente, e vai receber uma versão americana em 2006, dirigida por (medo...) Gurindher Chadha. Classic é também um romance adolescente, e Windstruck é um romance, ponto. (RG)

LEE CHANG-DONG
Oasis (2002)
Bakha satang (Peppermint Candy, 2000)
Chorok mulkogi (Green Fish, 1997)
Lee Chang-Dong foi inicialmente roteirista de um dos mais importantes diretores do começo dos anos 90, Park Kwang-Su, tendo escrito filmes importantes como A Single Spark e The Black Republic. Em três filmes, se transformou numa das figuras mais importantes do cinema de autor coreano, sendo exibido internacionalmente nos festivais de cinema sempre com repercussão favorável. Se Peppermint Candy revive momentos delicados da política e da sociedade coreanas, Oasis assume uma aposta bastante diferente, mas igualmente ousada: narrar a história de amor entre um deficiente mental e uma jovem com paralisia cerebral. Depois desse filme, Lee deu uma pausa em sua produção para assumir a função de ministro da cultura da Coréia do Sul. (RG)

LEE YOON-KI (n. 1965)
Yeoja, Jeong-hye (This Charming Girl, 2004)
Forte estréia em longa-metragem deste realizador que formou-se em administração nos Estados Unidos e entrou no cinema como produtor. Depois de um curta-metragem em 1995, Lee Yoon-Ki realiza This Charming Girl a partir de um conto de Wu Ae-Ryung, como a história de uma bela jovem que vive sozinha e não dá muitas aberturas a ninguém. Lentamente, o filme vai evoluindo no sentido de mostrar um trauma inaugural, e a partir daí o filme vai perdendo parte da força. Ainda assim, uma estréia bastante interessante. (RG)

PARK CHAN-OK (n. 1968)
Jiltuneun naui him (Jealousy Is My Middle Name/Meu Nome É Inveja, 2002)
Depois de dois curtas-metragens, To Be (1996) e Heavy (1998), realizou seu primeiro longa-metragem, o bem interessante Meu Nome É Inveja, que foi exibido no Festival do Rio 2002. Nenhuma notícia desde então.

PARK CHAN-WOOK (n. 1963)
Chinjeolhan geumjassi (Sympathy for Lady Vengeance/Lady Vingança, 2005)
Three... Extremes (Três Extremos, 2004) (episódio "Cut")
Oldboy (2003)
Yeoseot gae ui siseon (If You Were Me, 2003) episódio
Boksuneun naui geot (Sympathy for Mr. Vengeance/Mr. Vingança, 2002)
Gongdong gyeongbi guyeok JSA (Joint Security Area/Zona de Segurança, 2000)
Simpan (Judgement, 1999)
Saminjo (1997)
Moon Is the Sun's Dream (1992)
O primeiro filme de Park Chan-wook a ter aparecido por essas plagas foi Zona de Segurança, num momento em que assistir a filmes coreanos era uma novidade. E a novidade era de fato curiosa: um filme na linha de A Few Good Men, só que melhor que os similares americanos. Elogiou-se, então, o talento do diretor. Naquele momento, jamais se poderia crer que essa figura seria anos depois o diretor mais conhecido da Coréia do Sul. E um tanto injustamente, diga-se de passagem. Se Oldboy ainda apresenta traços de interesse, apesar de e por causa de sua irregularidade absoluta, os curtas de If You Were Me e Três Extremos revelam uma figura confortavelmente ciente de todas as técnicas para seduzir o espectador moderninho com um gosto pronunciado pelo incomum. É o cinema fashion-nerd da estação, um cinema que deriva muito mais da publicidade (suprir uma demanda de imagens mediada por expectativas) do que de um verdadeiro estilo, uma grife a ser usada por quem é in hoje. Include me out. (RG)

PARK KI-HYUNG (n. 1967)
Acacia (2003)
Bimil (Secret Tears, 2000)
Yeogo goedam (Whispering Corridors, 1998)
Depois de um curta-metragem em 1996, Great Pretenders, Park Ki-Hyung dirigiu o filme que inaugurou essa nova onda de filmes coreanos de suspense e terror. Whispering Corridors se passa quase inteiramente numa escola secundária para moças, que vive assombrada pelo fantasma de uma ex-aluna que lá se matou anos antes. Algum talento para a criação de climas e uso interessante de determinados detalhes (o sangue no teto), mas uns tiques de câmera bastante desagradáveis. Em seguida, realizou dois filmes de terror, com menos sucesso. (RG)


PARK KWANG-SU (n. 1955)
Yeoseot gae ui siseon (If You Were Me, 2003) episódio
Lee Jae-sueui nan (The Uprising, 1999)
Jeon tae-il (A Single Spark, 1996)
Geu seome gago shibda (To the Starry Island, 1993)
Berlin Report (1991)
Keduldo urichurum (The Black Republic, 1990)
Chilsu wa Mansu (Chilsu and Mansu, 1988)
Uma das figuras chaves da renovação do cinema coreano (chamado por muitos de "líder do novo cinema coreano"), foi também um dos militantes políticos mais ativos, seja através do Seoul Film Grupo, que ajudou a criar, ou nos próprios filmes, como em A Single Spark, presente na competição oficial do Festival de Berlim de 1996. Desde 1999, nenhum longa no horizonte, e um curta bastante desinteressante para o filme de episódios If You Were Me. (RG)