ARQUIVO DA EDIÇÃO DE JULHO DE 2005.

ARTIGOS
A Sentinela, de Arnaud Desplechin (exibição na TV5)
por Tatiana Monassa (10/02/2005)

The Road to Memphis, de Richard Pearce (exibição na GNT)
por Paulo Ricardo de Almeida (20/01/2005)

Piano Blues, de Clint Eastwood (exibição na GNT)
por Paulo Ricardo de Almeida (07/01/2005)

FILMES DA SEMANA
(julho de 2005)


Dia 01
Um ano da morte de Marlon Brando e o Telecine Classic exibe em seqüência de cinco filmes que estréiam na programação uma homenagem ao ator. Entre eles, nenhum diretor do panteão (uma lista em que Dmytryk é o nome que sobressai não é exatamente um sonho de consumo), mas a iniciativa é excelente assim mesmo, com filmes raros e nem sempre lembrados de Brando. A maratona de quase doze horas é a seguinte:
16:50 Espíritos Indômitos (The Men, 1950), de Fred Zinnemann
18:25 Sayonara (idem, 1957), de Joshua Logan
21:00 Os Deuses Vencidos (The Young Lions, 1958), de Edward Dmytryk
23:50 Sangue em Sonora (The Appaloosa, 1966), de Sidney J. Furie
01:35 A Noite do Dia Seguinte (The Night of the Following Day, 1968), de Hubert Cornfield
Dia 02
Simpático filme sobre aprendizagem de contra-cultura, Escola de Rock (School of Rock, 2003), de Richard Linklater, estréia às 21:00 no Telecine Premium. Menos interessante do que querem os fãs de Linklater – mais interessante politicamente e pela sua curiosa trajetória entre independência e mainstream do que cinematograficamente – mas louvável ainda assim, o filme faz de Jack Black uma espécie de herói loser que ensina algumas crianças comportadas a terem atitude e pensar por suas próprias cabeças. Mas o filme não é tão cativante para nós quanto o personagem de Black para suas criancinhas... Estréia no Telecine Premium às 21:00.

Dia 03
Richard Quine é um realizador um tanto esquecido hoje. Mesmo que não esteja num panteão mais reservado dos comediógrafos americanos, sua produção dos anos 50 guarda algumas pequenas pérolas da comédia daquele período (Sortilégio de Amor, Jejum de Amor). Saindo pela Culatra (A Talent For Loving/Gun Crazy, 1969), originalmente um projeto de filme dos Beatles em 1965, acabou sendo protagonizado por Richard Widmark e nunca teve uma verdadeira recepção. O Telecine Classic estréia o filme às 21:00, e aqui estamos nós, à espera de reavaliação. Uma hora antes, às 20:00, o Eurochannel reprisa A Besta Deve Morrer (Que la bête meure, 1969), produção franco-italana dirigida por Claude Chabrol. Não é um Chabrol essencial, mas a dificuldade de acesso ao filme o transforma em atração imperdível.
Dia 04
Já Abel Ferrara é um realizador contemporâneo um tanto esquecido, ou, pior ainda, menosprezado. Sua produção na década de 90 conta entre as melhores coisas feitas na época, e realizações como Vício Frenético, O Rei de Nova York e Blackout, entre outros, estão entre os melhores filmes da década. O melhor, possivelmente, é New Rose Hotel, que o AXN exibe às 22:00 – esperamos, sem cortes. Lançado apenas em vídeo no Brasil, como Enigma do Poder, o filme sofreu com incompreensão e despreparo de uma imprensa que não sabia fazer com ele. O filme basicamente conta a história de dois agentes corporativos (Willem Dafoe e Christopher Walken) que contratam uma bela prostituta (Asia Argento) para seduzir um megacientista e convencê-lo a trocar de corporação. A questão é que com Ferrara o negócio é sempre mais complicado, e o limite entre a verdade e a presunção de verdade fica cada vez mais tênue. E quem acha que está por cima da carne seca acaba sendo o joguete de outros, mais discretos, que sabem jogar o jogo modestamente. Um dos maiores filmes do mundo, possivelmente o Ferrara mais arriscado. E, se isso se pode dizer de seu cinema – que lida o tempo todo com a falta de controle –, perfeito. No memso horário, uma raridade exibida pelo Film&Arts: Asi és la vida (2000), do mexicano Arturo Ripstein. Exibido apenas em festivais e no cabo, o filme pertence a um momento de Ripstein em decaída, mas ainda assim vale tranqüilamente a visão.
Dia 05
Um dos filmes mais celebrados da fase mais perfeita da carreira de Budd Boetticher, O Homem Que Luta Só (Ride Lonesome, 1959), passa no Cinemax Prime às 20:15
. Roteiro de Burt Kennedy, protagonizado por Randolph Scott atuando em perfeita sintonia com o ritmo do filme, Ride Lonesome é um desses prodígios do cinema que tem pouquíssima projeção entre os amantes do gênero mas um culto merecidíssimo para aqueles que têm um olho para mise-en-scène. Só esperamos que o canal exiba o filme em seu formato correto, o CinemaScope. Se sim, é o delírio, numa semana impressionantemente forte.
Dia 06
E dá-lhe o Cinemax Prime como o canal dos órfãos do antigo Telecine Classic. Tudo bem que não é no melhor dos horários, mas às 11:45 o canal exibe Os Heróis de Telemark (The Heroes of Telemark, 1965), penúltimo filme de Anthony Mann, de volta em seu elemento depois de alguns épicos. À tarde, 17:30, podemos ver o penúltimo filme de outro dos realizadores decisivos do último período da Hollywood clássica, Joseph L. Mankiewicz. Trata-se de Ninho de Cobras (There Was a Crooked Man..., 1970), western estrelado pelo fenomenal trio de Kirk Douglas, Henry Fonda e Warren Oates.
Dia 07
Já notaram uma ausência cada vez maior de estréias recentes, sobretudo na rede de canais da Globosat, não? O mês de julho está particularmente pobre, e percebe-se que a mediocridade que afetou de cara a programação do Telecine Classic quando da saída de um programador sensacional, Sérgio Leeman, hoje afeta o todo dos cinco canais. Nenhum espírito de busca por novos filmes, nada que possamos dizer que participe de uma vontade de dar visibilidade a coisas interessantes, apenas os contratos mais óbvios e os hits dos anos anteriores (o que não impede que se passe vez ou outra algum bom, mas a queda é patente). Assim, resta recomendar uma outra reprise de filme de Chabrol, dessa vez Trágica Separação (La Rupture, 1970), que o Eurochannel reexibe às 22:00, e que conta com Stéphane Audran em luta judicial para manter a guarda do filho depois de uma separação conjugal. Um dos Chabrol mais celebrados do período, que é considerado por muitos o melhor dele (não sem razão). Já a TV5 ataca com um clássico outrora badalado por nossos canais a cabo tupiniquins: O Ano Passado em Marienbad (L'Année dernière à Marienbad, 1962), de Alain Resnais, às 21:30. Roteiro do labiríntico Alain Robbe-Grillet, ensaio sobre tetos e paredes, jogo cerebral de tempos e espaços impossíveis, a beleza gélida de Delphine Seyrig e o poder extraordinário de controle que tem Resnais colaboram para fazer uma grande obra do cinema. Não acreditem nos detratores: só é incompreensível se alguém quiser entender alguma coisa que não está lá; e tampouco é apenas uma brincadeirinha lógica com o espectador. A tela comprova.
Dia 08
Já que falamos em decadência de redes, é preciso falar também das guinadas para cima. O Eurochannel anda se recuperando muito bem de sua temporada no inferno comercialóide representada pelo fim dos filmes de arte-e-ensaio em sua programação e pela chuva de medíocres comédias e filmes históricos da França, da Espanha e da Inglaterra. Prova disso é a recente mostra de filmes de Chabrol, e agora a volta de outra proeminente figura do cinema francês, num filme pouquíssimo visto por aqui: A Vida É um Romance (La Vie est un roman, 1983), do mesmo Alain Resnais do dia anterior. Salvo engano, o filme só tinha sido exibido anteriormente em outro canal de cabo, o Multishow, e isso há uns dez anos atrás. Não é tão brilhante quanto O Ano Passado..., mas é bem mais raro de se ter acesso. E, convenhamos, dobradinha de cineasta é uma coisa tão bacana de fazer...
Dia 09
Sentiu a falta de atrações da RetrôTV na programação? Nós também, uma vez que o canal não distribuiu sua programação a ninguém e igualmente não colocou sua grade mensal no site (www.retrotv.com.br). Uma pena, pois aos sábados eles sempre nos presenteiam com algumas raridades... Agora, entre Encontros e Desencontros (Lost in Translation, 2003), que o Telecine Premium estréia às 21:00, e Pequenos Espiões 3 – Game Over (Spy Kids 3-D: Game Over, 2003), que a HBO lança no mesmo horário, não há muita escolha a se fazer. Por mais que o terceiro volume da série infanto-juvenil de Robert Rodriguez seja delicioso, o filme de Sofia Coppola é um desses momentos do cinema um tanto inexplicáveis que escondem as propostas mais arrojadas de cinema contemporâneo por trás de um relato íntimo, quase em primeira pessoa, de um mundo em que nada parece fazer sentido completamente, e ainda assim resta o contato com os estranhos, mesmo que a única coisa a se partilhar seja a confissão de que algo se perde na tradução e fica difícil se viver bem assim. Todas as acusações de etnocentrismo, egocentrismo da realizadora ou de que o filme não passaria de um acúmulo de clichês de cinema cult só parecem possíveis se o filme foi visto sem muito cuidado. A amálgama de atmosferas e sensações conseguido em Encontros e Desencontros vai muito além do óbvio, e Sofia Coppola, em apenas dois longas-metragens, já confirmou seu prenome e saiu das asinhas do pai. Bom, e Encontros e Desencontros tem Scarlett Johansson e Bill Murray. Mesmo que o filme não precise, avisar ajuda, né?
Dia 10
Nem sempre de boas semanas é feito cotidiano das programações de televisão. E essa é uma semana particularmente ruim. Não porque os filmes que aqui apresentaremos como opção do dia sejam ruins: simplesmente porque, quando se busca a grade de horários dos canais, vemos que há uma quantidade mínima de estréias interessantes, escolhas aventurosas da parte dos programadores, raridades que voltam à tona, etc. Esse dia 10 até foge um pouco da regra. O Cinemax estréia às 22:00 o filme The Eye – A Herança (Jian gui, 2002), produção partilhada entre Hong Kong, Tailândia e Cingapura e direção de Oxide Pang Chun e Danny Pang. Sim, é o primeiro da série que nos deu há um mês e pouco a beldade Shu Qi no filme Visões, em estréia nacional nos cinemas. Visões é continuação deste que o Cinemax apresenta. Aqui, nada de Shu Qi, mas muito do thriller de terror zen baseado em pessoas que conseguem ver fantasmas. A continuação é bem fraca. Quem sabe o original presta?
Dia 11
No quadro de uma homenagem a Sergio Leone – não é lá muito mérito porque essa homenagem aparece com uma freqüência um tanto desanimadora –, o RetrôTV exibe dois Leones num dia. Às 15:30, passa Três Homens em Conflito (Il buono, il brutto, il cattivo, 1966), e às 22:00, Por uns Dólares a Mais (Per qualche dollaro in più, 1965). A questão é que o canal leva o conceito de retrô tão a sério que os filmes, contrariamente ao que vem sendo feito com dvds e em algumas exibições a cabo, continuam passando quase todos no formato de tela full-frame, que destrói os preciosos enquadramentos em Scope de Leone. Em todo caso, meio Leone é melhor do que nenhum Leone. E Leone é melhor do que muita coisa. Certamente melhor do que o resto do que os canais oferecem para este dia 11.
Dia 12
Quem se encantou com as proezas de mise-en-scène e agilidade narrativa de Por um Triz (Out of Time, 2003)
deve conferir O Diabo Veste Azul (The Devil in a Blue Dress, 1993), segundo longa-metragem de Carl Franklin, cineasta bastante subestimado por sua filiação com um gênero pouco nobre (o thriller policial), mas sua mestria está lá, visível a quem quiser. O filme, possivelmente o momento em que Franklin esteve trabalhando material mais afeito a seu cinema, passa no A&E Mundo às 19:00.
Dia 13
Um Ford com pedigree: Frank S. Nugent no roteiro, painel histórico em ambientes em que as decisões pessoais afetam a política e vice-versa. Trata-se de O Último Hurrah (The Last Hurrah, 1958), que o Cinemax Prime exibe às 22:00. Baseado num livro que por sua vez é baeado na vida de um político em disputa de sua última eleição no mundo em mutação dos anos 50, o filme conta com um elenco estelar encabeçado por Spencer Tracy, mas, como sempre, é a mise-en-scène de Ford que faz toda a diferença. Obrigatório. E mais Fords, por favor.
Dia 14
Pouco se sabe de Anthony Hickox. Nenhum estudo ainda foi feito sobre sua obra, nenhum filme seu despertou a atenção da chamada comunidade cinematográfica (crítica, público assíduo, cinéfilos, jornalistas). Ainda assim, um homem com o olho muito bom para cineastas – e ele mesmo crítico eventual em seus blogs e nas suas programações para a sessão dupla mensal Noite do Comodoro –, Carlos Reichenbach, acredita que Hickox é um gênio negligenciado, e que filma bem demais. O Cinemax Prime nos dá a chance de conferir com Federal Protection (idem, 2002), que passa às 21:30. Antes, às 15:15, o mesmo canal exibe Batman – O Retorno (Batman Returns, 1992), até hoje o melhor filme feito com a persaongem do homem-morcego para a tela grande. Vendo o filme de Burton de novo, ficam claras algumas das escolhas erradas do filme de Christopher Nolan. A de juntar um futurismo retrô com uma guinada para o realismo noir talvez seja a maior de todas. Burton tira de letra: ele constrói seu mundinho cenográfico e todos os personagens ficam muito bem lá dentro. Não é só o melhor Batman. É também o melhor Burton e um dos maiores filmes americanos da década de 90.
Dia 15
O Homem do Braço de Ouro (The Man with the Golden Arm, 1955) é uma figurinha fácil na programação do Film&Arts. Claro, seria ótimo que o canal exibisse mais filmes diferentes, que desse uma racauchutada em sua programação de vez em quando, mas um Otto Preminger em grande fase é sempre digno de nota (quem sabe eles não se tocam e passam alguns Preminger mais raros?). Além do mais, é como estávamos dizendo: para além dessas reprises de praxe, não tem muita coisa sendo exibida que seja digna de nota não... E, bem, o filme de Preminger conta com uma música extraordinária de Elmer Bernstein, cum uma interpretação fabulosa de Frank Sinatra, além das participações de Eleanor Parker e Kim Novak. Como passar direto? Então: drogas, álcool, jogatina e a limpidez de encenação de um gigante do cinema em O Homem do Braço de Ouro, que passa às 17:00 e à meia-noite de sexta para sábado.
Dia 16
Bem, até que queríamos recomendar alguma ciosa dos canais exclusivos da rede Net, mas a programação não ajudou nem um pouquinho. E a estréia de sábado à noite? É Eu, Robô (I, Robot, 2004), que até tem sua curiosidade. Mas o problema é que a HBO estréia no mesmo dia às 21:00 Sobre Meninos e Lobos (Mystic River, 2003), favorito dos críticos e leitores de Contracampo no ano em que saiu, e mais um grande filme de Clint Eastwood. Eastwood parece ter herdado de Ford o senso de fazer com que seu filme sempre contenha em si sempre algo de histórico, e de Preminger essa inacreditável maneira com a qual todos os personagens são colocados em perspectivas que nos tiram do registro mais costumeiro e assumem camadas acima de camadas. Há, na metade do filme, uma mudança de ponto-de-vista de personagem para contexto que é assustadoramente genial. Como não amar Sobre Meninos e Lobos? Se o leitor já assistiu aos dois filmes e não tem a vontade de rever, a pedida é conferir Sob o Olhar do Mar (Umi wa miteita, 2002), filme do diretor Kei Kumai, que aqui transpõe para a tela o último roteiro do diretor Akira Kurosawa. Às 22:00 no Cinemax.
Dias 17 a 30
A coluna não foi publicada no perído.
Dia 31/07
Lembra quando parecia que a programação da tv a cabo era uma espécie de extensão de festival, com pequenas mostras de diretores decisivos, estréias necessárias, raridades não exibidas por aqui ou desaparecidas há muito tempo? Pois é, agosto tem um pouco esse gostinho, que só aparece muito de vez em quando, nos momentos em que a TV5, o Eurochannel ou outros canais disparam miniciclos (o Chabrol da Eurochannel sendo o último exemplo, mas não parece haver uma continuidade de projeto). A partir do dia 6 a rede Telecine hospedará uma série de filmes japoneses que vão do obrigatório à curiosidade, e nos faz salivar esperando as exibições como há muito não fazia. Bela notícia, e esperamos que seja o começo de uma retomada cinéfila da programação. Nesta semana, no entanto, ainda estamos guiados por uma programação bastante convencional, sem muitas estréias e exibições de fazer arregalar os olhos. Este domingo, a RetroTV passa um filme bastante raro de Don Siegel: A Rua do Crime (Crime in the Streets, 1956). É seu filme seguinte ao clássico de ficção científica Vampiros de Almas, e é também o primeiro papel principal de um ator que posteriormente se tornaria um dos maiores realizadores do mundo: John Cassavetes. Neste filme, temos Siegel em seu elemento, o filme de ação/crime, desta vez focando em delinqüência juvenil, como no ano anterior a ele Juventude Transviada, de Nicholas Ray, e Sementes da Violência (de Richard Brooks). E, como no filme de Ray, A Rua do Crime conta com Sal Mineo no elenco. 22:00
Ruy Gardnier

 

 
Rafael (Eduardo Moscovis) e Luna (Liliana Castro) em Alma Gêmea, nova novela das 19h da Globo

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