A moral do escravo, o falo,
a fala
A idéia de autor passa, em Michel Foucault, por uma
reestruturação definitiva. Em “O que é um autor”, texto
de 1969, e depois em “A ordem do discurso”, sua aula
inaugural no Collège de France (1971), o filósofo propõe
a desconstrução de uma concepção, digamos, “personalista”
de autor e o define mais como um agenciamento, como
uma lógica de regularidade. Um autor poderá ser, segundo ele, um conjunto de pessoas, que componham uma
mesma “textualidade”. Essa idéia bastante livre de autoria,
desligada de uma identidade jurídica, e mais próxima
de uma competência lógica para a definição de uma coerência
das singularidades, permite pensar a autoria como uma
forma de agregação de ações estéticas, como uma espécie
mesmo de “postura”. Obviamente, se pode ser um conjunto
de pessoas, o autor pode também ser uma só. Mas mesmo
assim o jogo entre atitudes estéticas ultrapassa qualquer
definição moderna (no sentido forte do termo) de personalidade.
Digo isso para compor uma observação: Judd Apatow é
um autor, no sentido foucaultiano do termo. O produtor
é, de certa forma, um dos exemplos
mais fortes do que poderia ser uma “política dos produtores”
na atualidade. Mais do que Jerry
Bruckheimer nos filmes de ação ou da imagem mítica
de um Harvey Weinstein, Apatow começa a se
configurar como um lugar de agregação de discursos mais
do que como um personagem, um mito (no sentido barthiano),
em si. Os filmes de sua produtora, por mais que tenham
diretores e roteiristas diferentes, assumem uma autoria
de agenciamento lógico. São textos todos a flertarem
com um mesmo universo temático e com uma mesma abordagem
estética. Judd Apatow é uma espécie de Walt Disney da
comédia de (maus) costumes.
Superbad – É hoje,
lançado agora em DVD pela Columbia, é, de certa forma,
o paroxismo e o supra-sumo desse agenciamento. O filme,
dirigido por Greg Mottola e escrito por Seth Rogen (também
ator no longa e em vários outros
do produtor, como Ligeiramente
Grávidos, no qual é protagonista) e por Evan
Goldberg, é um “filme de Judd Apatow” típico. Já falarei
no que. Antes, uma consideração a partir da edição digital:
não é de se estranhar que os extras mais interessantes
do DVD sejam justamente momentos em que Apatow se dá
como ator/comediante. O produtor tem se apresentado
como tal em vários momentos. Por exemplo, em Superbad há uma cena em que os amigos Seth (Jonah Hill), Evan (Michael
Cera) e Fogell (Christopher Mintz-Plasse) assistem a
um vídeo em um site chamado The
Vagtastic Voyage, sobre o qual os dois primeiros
dialogam na primeira seqüência. Seria um site de vídeos
gravados no interior de um furgão, para o qual seriam
levadas garotas que fariam sexo com um homem. Na tela,
este homem é... Apatow, que no longa vemos apenas de relance, sem desconfiar de sua identidade
(revelada na seqüência, apresentada no disco como curta
de humor). Ele também possui seu próprio canal no site
de humor Funny
or Die (no qual, por exemplo, discute com o ator
Will Ferrell
e o roteirista e diretor Adam McKay, criadores do site,
qual dos três é mais importante enquanto diz que quer
colocar conteúdo pornográfico na página). Também já
promoveu várias intervenções no Youtube (como ao permitir
o vazamento do trailer de Pineapple
Express antes de sua classificação etária, o que
deixou a Columbia em maus lençóis, dado o conteúdo de
“apologia ao uso da maconha” do filme). Apatow é um
gaiato.
Mas não se trata (pelo menos para o âmbito desta análise)
apenas de um “aparecismo” de Apatow. Trata-se mais de
uma consolidação. Até porque um dos traços típicos do
produtor é a formação de grupo. Reconhecemos nos filmes
da produtora uma mesma fauna de atores habituais, assim
como uma recorrência de autores. A persona
de Apatow é um ícone do estilo que cerca todos os filmes
de sua produtora, baseado em alguns princípios gerais.
Um “Appatow movie” é baseado antes de tudo em uma adesão
aos gêneros populares de comédia americanos, mas sempre
por meio de uma desconstrução baseada na impostura.
Impostura a começar com o próprio gênero, aliás. Se
O Virgem de 40 anos (Apatow, 2005), Ligeiramente Grávidos (Apatow, 2007); e
o vindouro Forgetting
Sarah Marshall (Nicholas Stoller, 2008) são comédias
românticas, O Âncora (McKay,
2004); Ricky Bobby:
A Toda Velocidade (McKay, 2006); e o vindouro Walk
Hard (Jake Kasdan, 2008) são típicas sátiras de
tipo. Mas todos eles são, ao mesmo tempo, antigenéricos,
violentam os clichês de gênero sem nem bem aderir (tanto
em alguns casos) a eles nem bem fazerem deles elemento
de sátira. Mas o que marca mais fortemente todos esses
filmes, entretanto, é o uso da impostura no interior
mesmo dos filmes. O processo de desconstrução promovido
por esses filmes é sempre um processo de “deselegantização”,
de injeção de elementos não (ou nem sempre) habituais
e sempre, sempre via uma temática chula, um situacionismo
chulo e, sobretudo, uma linguagem chula. O elemento
central de um “Apatow movie” é a linguagem falada (o
que faz sua mise en scène ser centrada mais no roteiro
e nas interpretação do que propriamente numa rica economia da
decupagem). Mas essa linguagem não poderá ser falada
de qualquer jeito, veremos.
Superbad nesta
edição digital vem como uma “versão estendida sem cortes”
que de fato traz alguns minutos a mais, minutos que
realmente contribuem para o filme, sobretudo no que
diz respeito à compreensão do personagem de Jules (Emma
Stone) e na compreensão de sua relação com Seth. Com
alguns poucos diálogos vemos que ela também é engraçadinha,
ela, no fundo, se parece com Seth, não é tão distante
dele quanto ele quer fazer parecer em sua proclamação
de cruzada.
Mas, bem, o longa-metragem é uma história operada a
partir do gênero “filme de high school”, como era a série de TV Freaks and Geeks (1999), de certa forma o manifesto
estético do “autor”. Não será mais escandaloso
e menos impertinente, por exemplo, que um Porky’s
(Bob Clark, 1982) ou que um Picardias Estudantis
(Amy Heckerling, 1982). O gênero se acostumou a falar
de sexo. E o grau de impostura não será muito diferente,
por exemplo, do dos irmãos Bobby e Peter Farrelly, operadores
de uma lógica dos fluidos corpóreos como “goma arábica”
das relações. Mas Superbad
será o ícone maior, na obra de Apatow, do elemento central
desse “autor” que o grupo de colaboradores se tornou:
a deslocalização dos papéis típicos no social e a operação
disso por meio do discurso falado. Cada filme mereceria
seu comentário, daquele sobre o homem adulto que ainda
não fez sexo ao sobre o jovem inconseqüente que tenta
se encaretar para ser pai. Mas em Superbad esse será propriamente o tema do filme, em sua reestruturação
do gênero que representa.
Pois bem, Superbad
parte de uma trama relativamente simples de filme de
high school:
três amigos losers tentam adentrar no mundo dos populares
para, com isso, conseguirem fazer sexo pela primeira
vez. Para conseguirem alcançar tal intento, eles precisam
conquistar aquilo que lhes servirá de chave, de ingresso,
para o mundo das gatinhas e dos atletas: álcool. E por
conta disso e de uma situação de comédia de erros, mergulham
– em separado em dois grupos
– em uma odisséia noturna rumo a seu objetivo central.
Essa promoção à “popularidade” (elemento sempre central
dos filmes do gênero) é aqui relida por dois filtros.
O primeiro deles é o de uma economia do poder: a pergunta que atravessa
todas as situações é: quem é capaz de ser promovido
à categoria de “bad-ass”, de “fodão”? Para ter o direito
à intimidade com aquelas que almejam namorar, os meninos
só vêem como alternativa fazerem coisas “fucking pimp”,
coisas que os elevem à outra ponta da hierarquia social
de popularidade. A abertura retrô, em estilo cinema
B, com granulações e riscos na imagem e uma animação
(rotoscópica de silhuetas, nada mais simples) a mostrar
os rapazes dançando funk (composto para o filme por
Lyle Workman), típica música de “bad-ass motherfucker”,
é um bom protocolo de intenções desse modelo.
O outro filtro colocado sobre essa promoção é o de uma
problemática moral, uma disputa entre um “bem de si”
e um “bem do outro”. O filme parte claramente de alguns
conflitos de egoísmo: a amizade infantil entre Seth
e Evan deve ser sacrificada para que este segundo “siga
seu rumo” e tenha sucesso na vida (Quando o filme começa
ficamos sabendo que eles não irão para a mesma faculdade,
já que Seth não conseguiu uma vaga na boa escola para
a qual vai o amigo)? Fogell pode ser sacrificado em
nome do plano de Seth para levar álcool para a festa
de tentar conseguir uma namorada? As meninas devem ser
tratadas apenas como portais para o treinamento sexual
que precede os dias de orgia universitários?
O primeiro filtro: temos aqui três personagens típicos:
o gordinho loser (Seth), o bonzinho loser (Evan) e,
claro, o nerd loser (Fogell). Os três são definidos
já por suas compleições físicas: Seth é, ora, gordo,
e tagarela (e usa uma camiseta de Richard Pryor, ator que fez graça a vida
toda com personagens coitadinhos); Evan tem carinha
de bom moço e é o adolescente que se veste ainda como
garoto; e Fogell, bem, ele é o protótipo do nerd: franzino,
de óculos, voz nasal que se afina nos momentos de tensão.
Mas essa definição é ainda mais interessante pelas atitudes
dos personagens, atitudes de tomada de rédeas de seus
papéis. A começar por Fogell: ele compra uma identidade
falsa para aumentar sua idade e não tem nenhum escrúpulo
de mudar seu nome. Mas para um novo que lhe mude a personalidade.
Assim, ele deixa de ser Fogell e se transforma em...
McLovin. Um nome apenas, um epíteto. Um nome... “fucking
pimp”, um nome de “bad-ass motherfucker”.
Claro, há um deslocamento aí central para o filme: a
maturidade. A disputa que era entre populares e impopulares
se torna uma divisão entre adultos e jovens. Fogell
tenta comprar sua maturidade e acha que a conquistou
quando acha que conseguiu enganar os policiais. Quando
é abordado por Becca (Martha MacIsaac) na saída da aula,
Evan se apresenta a ela não como quem é, mas como alguém
que tem acesso ao mundo dos adultos. Igualmente, Seth
se mostra a Jules como o portador da identidade falsa,
como aquele que poderá comprar bebidas alcoólicas para
a festa e resolver seus problemas.
Quando o filme começa, Seth e Evan estão discutindo
que site de pornografia eles devem assinar. O debate
é estético e pouquíssimo libidinoso
de fato: Evan quer qualidade nos filmes, Seth tem uma
preocupação quase clínica, quase analítica, moral mesmo,
com a dimensão pornográfica, com a imagem da penetração
(“Ver uma vagina sozinha, apenas... Não é para mim”,
diz Seth): ele fala de sexo como que fala de automóvel
ou de dever de casa, o sexo é uma obrigação protocolar
de uma biografia correta.
O que impressiona em Seth é o grau de consciência que
ele tem de todos os papéis típicos do universo cinematográfico
de high school (ou, na lógica interna, das biografias). E isso faz dele
de certa forma um roteirista de Superbad.
Seth é como um humorista de stand-up: ele olha para
o mundo e fala criticamente dele. Fala de si e do mundo,
aliás. Assim como um comediante desse gênero, ele não
terá escrúpulo em dizer abertamente de si: “Eu sou ruim
sexualmente”; ou do mundo: “As garotas da faculdade
não querem um cara amador”. É uma visão construída pela
fala. Por isso, ele tem o controle. Ele tem um plano.
Um plano para conseguir fazer sexo. Racional e meticuloso.
Mas, visto de perto, seu plano não é assim tão ególatra.
Quando Evan lhe pergunta se ele trouxe uma camisinha,
ele desmonta, de maneira absolutamente impostural e
chula, todo o planejamento do amigo. Ora, despida da
forma histriônica do garoto e da capa de grosseria,
Seth faz um discurso... romântico. À antiga. Um romantismo de fórmula, mas um romantismo
ainda assim. Ele não quer “fazer sexo” (algo que envolva
penetração) no primeiro encontro, ele quer começar a
relação dando prazer a sua parceira (via sexo oral,
um mito em especial sobre o homem não machista) e, visto
de perto, ele quer aquela menina, não outra. A casca
de truculência das ações de Seth na verdade é o filtro
por sobre seu interesse no “bem do outro”. Ele não é
senão o bom menino que gosta da menina e quer ficar
com ela.
Algo semelhante ocorre com Evan, embora no caso dele
seja mais explícita sua preocupação com o bem do outro
(afinal ele é o bom moço). Mas seu movimento é o de
se deixar levar pelo plano de Seth, porque ele também
acredita que sua posição inferior na escala social do
(filme de/biografia de) high school, o impede de ter acesso às
meninas, à afetividade. No final das contas, nem é tanto
de sexo que se trata. O sexo se torna um elemento central
porque, afinal, há uma série de economias da maturidade
em jogo: sexo será um índice de maturidade, de, digamos,
“superbadicidade”. Sexo é o que há a ser dito.
Na aula de matemática em que conhecemos Becca, vemos
Evan observá-la libidinosamente. Olha para seus seios
e para seu rosto entediado com a lição. Ao mesmo tempo,
entretanto, ouvimos o professor dar aula sobre números
complexos. Ouvimo-lo falar: “Se mantivermos ‘I’ como
uma constante(...) Então, ‘I’
é um número imaginário, ele não existe realmente”. Boa
piada sobre a identidade: “I” (“Eu”, em inglês) não
existe se se mantém constante. Dito no momento em que
Evan se divide entre o bem de si e o bem do outro, entre
o desejo desumanizador e o desejo singularizante, é
um jogo de sentido bastante digno de nota.
Por sua vez, Fogell, entretanto, não trará nenhum conflito
prévio de moralidade. Sua movimentação é puramente
interesseira e calculista. Não temos acesso a
nenhuma relação afetiva sua com Nicola, a menina que
objetiva. Como elemento mais baixo da pirâmide do poder
no ambiente escolar, ele operará a partir de uma “moral
do escravo”. Seu McLovin será um personagem para tomar
as rédeas de seu destino e as dos destinos dos outros.
O nome de bad-ass lhe fará trilhar o caminho do topo
da pirâmide. Não há alternativa ao cordeiro senão a
de ser ave de rapina. Nesse sentido, a odisséia ao lado
dos policiais Slater (Bill Hader) e Michaels (Rogen)
será, inclusive a encenação
de um vôo. Ao lado deles, ele experimentará a ilusão
do poder. Nesse sentido, a grande imagem de Fogell será
a do zoom para mostrá-lo disparando contra o carro de
polícia no estacionamento. É seu grande momento “superbad”,
o grande momento “pau na mão”. Antes, ele e os policiais
– cujo jogo moral como dupla mereceria um texto à parte
– já havia encenado também a imagem de McLovin, ao levá-lo
da festa como preso e concluírem: “Cara, você vai pegar
muita mulher depois disso”, logo depois de um dos rapazes
na festa constatar diante de sua “prisão”: “Cara, Fogell é fodão”.
O arco diegético do filme se movimenta até o reencontro
dos três amigos. Fogell/McLovin havia seguido com os
policiais para viver uma mecânica de “irmãos mais velhos”
com eles. Seth e Evan seguiram para a
festa guiados por um personagem que é ele mesmo
um ícone da problemática do filme: enquanto eles são
jovens tentando ser adultos, o homem que atropela Seth
por acidente é um adulto que se porta como adolescente.
Centro de um mistério – ele provavelmente é um pós-nerd,
um tarado de internet, mas nada disso fica claro, senão
por insinuações –, o homem os conduz para o setting em que se dará o conflito entre
o plano tagarelado de Seth e o plano pouco falado de
Evan (“Vou apenas contar a Becca como me sinto...”).
E é mesmo uma questão do dito e do não dito o que está
em jogo: Evan não contou a Seth que vai morar com Fogell
na univercidade. Não quer provocar ciúmes no amigo.
Evan também evita falar com as pessoas sobre a sensação
de perda que tem por não estar com o amigo (na cena
com Becca, suas repetições de “Não se preocupe” são
uma mensagem clara).
Por isso mesmo, claro, as cenas capitais de Superbad
são as duas seqüências finais, a do porão e a do shopping
center. O final do filme é profundamente ambíguo. O
roteiro escarnece da relação entre Seth e Evan o tempo
todo. Sugere um subtexto gay em várias situações (sobretudo
ao criar na infância de Seth sua obsessão por desenhar
pênis). Mas o mais determinante mesmo é o jogo do que
se converte em fato pela fala e o que se converte em
fato pelo falo. Após constatarem que são mesmo grandes
amigos, irmãos, que são capazes de abrirem mão de si
um pelo outro, os dois rapazes dormem juntos abraçados
e trocando juras de “Eu te amo”. Ao amanhecer: incômodo,
mal-estar. Mas não sabemos qual foi o desenrolar da
cena. Nunca saberemos. Há apenas o não dito, a “não
fala”. Será um preâmbulo de uma problemática de atribuição
de papéis resolvida logo depois. Eles saem para ser
o que fingem que são, dois
losers que infantilmente passeiam no shopping, e para
se depararem com o que são de fato: jovens à beira do
mundo adulto.
O encontro com as meninas e a redistribuição de papéis
(curiosamente “dirigida” por Jules) estabelece a proclamação
final: irmãos no mundo adolescente, Seth e Evan não
têm muito lugar para sua relação no mundo adulto. Muito
mais poderosa que a ambigüidade sexual plantada como
anedota é a ditadura dos papéis sociais: dali, Seth
e Evan deixarão de ser amigos totais. Eles terão que
assumir os papéis de namorados das meninas pelas quais
lutaram. Não haverá lugar para a doçura da juventude
no mundo adulto – demarcado pela separação de ambos
no shopping com um protocolar (Seth sempre sabe a frase
do protocolo): “Eu tenho suas informações”. Sugestiva,
então, é a separação em uma escada rolante, em que o
gordinho que vai para uma faculdade medíocre desce e
o lourinho que vai para a grande instituição de ensino
fica no piso mais alto. No final das contas, então,
Superbad é
um filme sobre a afirmação chave de outro pós-estruturalista
(e nós começamos com Foucault!), Jacobson: a linguagem
é fascista, não pelo que ela impeça de dizer, mas pelo
que ela obriga a dizer com suas regras de fala. Os policiais
são elementos de contraponto: eles são os adultos que
regredirão à adolescência. Mas Seth e Evan não terão
esse direito no horizonte. Eles seguem o protocolo,
seguem aquilo que está determinado pela tradição, pelo
que “está escrito”. E, afinal, aquilo pelo que lutaram.
Aquilo que Seth proclamou, falando, que era seu objetivo.
Alexandre Werneck
(DVD: Sony Pictures)
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