Onde os Fracos Não Têm Vez, de Ethan e Joel Coen

Contracampo faz a cobertura diária do 61º Festival de Cannes.

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Contracampo faz a cobertura diária da 3ª Mostra de Cinema de Ouro Preto

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Fim dos Tempos (foto), de M. Night Shyamalan, A Questão Humana, de Nicolas Klotz, e Antes Que o Diabo Saiba Que Você Está Morto, de Sydney Lumet, entre as críticas.

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Zodíaco, de David Fincher (foto), Ligeiramente Grávidos, de Judd Apatow, Superbad, de Greg Mottola, O Ultimato Bourne, de Paul Greengrass.

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Contracampo agora também tem textos em inglês. Contracampo has texts in English now.

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Nossa tarefa aqui na Contracampo � simples: pensar o cinema, esteja ele no circuito exibidor, nos festivais, em mostras retrospectivas, nas locadoras de DVD, na cinemateca imagin�ria que cada um cria com seus filmes de cabeceira, em suma, onde quer que o cinema decida nos provocar.

A atual edi��o n�o poderia fornecer disso um retrato mais fiel. Temos, em primeiro lugar, o balan�o do ano de 2007, desde nosso tradicional Cinema Falado, onde discutimos os filmes brasileiros estreados comercialmente no ano passado, at� as listas de prediletos (da reda��o e, � claro, dos leitores) e os artigos com discuss�es mais pontuais. Temos a presen�a em artigo de um grande filme como Onde os Fracos N�o T�m Vez � que marca, como se tem dito por a�, o retorno dos irm�os Coen � e de outro n�o t�o grande, Sweeney Todd, por�m igualmente importante na trajet�ria de seu diretor, Tim Burton. E temos tamb�m a continua��o do dossi� Jodorowsky, come�ado no n�mero anterior com uma variada fortuna de documentos, e agora ampliado pela contribui��o dos nossos pr�prios redatores, em artigos e em entrevista com o realizador.

Em outra frente, temos textos e entrevistas originados em festivais, que são sempre espaços privilegiados para reflexões. De um lado, nossa primeira experi�ncia no Festival de Rotterdam, cuja sele��o competitiva consolidou certas tend�ncias do cinema-de-festivais (o �world cinema�) e fez aflorar assuntos j� latentes em nossos debates internos. De outro, duas entrevistas realizadas na �ltima Mostra de Tiradentes (que teve cobertura di�ria no Plano Geral): uma com um velho conhecido e querido nosso, Carlos Reichenbach, por conta de seu extraordinário Falsa Loura (possivelmente seu filme mais forte desde Alma Cors�ria), e outra com o estreante em longa-metragem Ivo Lopes Ara�jo, de S�bado � Noite. E, para completar, temos reminisc�ncias � ainda, sempre � do Festival do Rio e da Mostra de S�o Paulo, que no ano de 2007 trouxeram filmes particularmente prof�cuos para nossos questionamentos em torno do cinema contempor�neo.

Esta edição marca ainda a estréia de um espaço, na seção de artigos, dedicado a textos publicados em inglês. Trata-se de uma decorrência natural da nossa interação com um pensamento sobre cinema que envolve leitores e colaboradores de outros países. Para dar início a essa nova empreitada, dois textos: um artigo sobre Apichatpong Weerasethakul, a partir da vídeo-instalação que ele apresentou no último festival de Rotterdam, e uma carta de Robert Emmet Sweeney contando como anda o panorama cinematográfico em sua Nova York, desde a atual retrospectiva Manoel de Oliveira (a primeira a acontecer nos EUA) até a situação da crítica (que enfrenta problemas em nada distantes dos nossos).

Na se��o de DVD, um acerto de contas necess�rio: filmes que n�o receberam cr�tica aqui na revista na �poca de seus lan�amentos no circuito, mas que sem d�vida merecem nossa aten��o e admira��o. Zod�aco, por exemplo, � nada menos que o segundo lugar na lista de melhores do ano dos leitores e est� em tr�s das listas individuais da reda��o. Mas os textos da se��o s�o menos o reparo de uma neglig�ncia do que a necessidade de escrever sobre filmes que nos instigam (n�o � isso o que importa, no fim das contas?).

Esperamos que os leitores constatem, já nesta edi��o, um f�lego renovado. E que notem o refor�o de um lado especulativo e interrogativo nos textos que comp�em a se��o de artigos. � papel da cr�tica, tamb�m, propor sempre novos olhares, nunca se acomodar nos conceitos j� anteriormente propostos e aceitos. Devemos sempre procurar o passo seguinte, a palavra seguinte (sobre os mesmos assuntos de antes ou sobre novos assuntos). Por todos os meios necess�rios.

 
     
  Luiz Carlos Oliveira Jr. e Tatiana Monassa