Essa sessão é atualizada semanalmente.

ARTIGOS
Pífios epitáfios (Epitáfios, HBO,
estréia dia 15/08, às 22:00)

por Cléber Eduardo (12/08/2004)

Angels in America, de Mike Nichols
por Gilberto Silva Jr. (12/06/2004)

Máscara Negra 2, de Tsui Hark
por Guilherme Martins (26/03/2004)

24 Horas no ar
por Luiz Carlos Oliveira Jr. (20/03/2004)

filmes da semana (25 de novembro a 1º de dezembro de 2004)

Dia 25
O Cinemax Prime tenta correr atrás do tempo perdido e exibe A Máscara da Morte (Shu dan long wei, 1995), comédia de ação made in Hong Kong fazendo paródia de filmes de Jackie Chan estrelando Jackie Cheung (emulando seu quase homônimo) e Jeti Li. Escrito e dirigido por Jing Wong e co-dirigido pelo mítico Corey Yuen – que provavelmente aqui só dirigiu as cenas de ação –, o filme tem um interesse algo restrito mas existente. Tomara que seja um passo dos canais a cabo para nos atualizar com o comercialíssimo (e, em casos, com muito mais qualidade de entretenimento em relação a Hollywood) cinema da ilha chinesa. Próxima parada: Coréia do Sul? A Máscara da Morte passa às 22:00.
Dia 26
Andrew V. McLaglen, assistente de direção de John Ford em Depois do Vendaval (The Quiet Man, 1952) e posteriormente diretor de diversos longas-metragens, filmes e séries para a televisão, jamais conseguiu fincar seu nome na história do cinema. No entanto, conseguiu em Desbravando o Oeste (The Way West, 1967) juntar no mesmo filme Kirk Douglas, Robert Mitchum e Richard Widmark, além de dar a Sally Field (então com 21 anos) sua primeira aparição no cinema. Numa semana de vacas magras, faltando os diretores, apegamo-nos ao culto dos atores. O filme passa na MGM às 22:00.
Dia 27
Novamente é a sessão "Shhhh" da RetrôTV que dá o grande destaque desse dia de sábado. Trata-se de O Ladrão de Bagdá (The Thief of Baghdad, 1924), filme raríssimo da fase muda de Raoul Walsh e, excetuando Regeneration (1915), seu primeiro filme do qual subsiste cópia hoje. Estrelado por Douglas Fairbanks, que também produziu o filme e deu as linhas básicas do argumento. O filme passa ao meio-dia. Mais tarde, no mesmo RetrôTV, passa o desconhecido Arma Divina (Diamante Lobo, 1976), dirigido por Gianfrancesco Parolini, roteirista e diretor mais conhecido pelo pseudônimo Frank Kramer, como o qual dirigiu Adeus Sábata (Adiós, Sabata, 1971, com Yul Brynner). Arma Divina é um de seus últimos filmes, e tem como protagonistas Lee Van Cleef e Jack Palance. Passa às 16:35, sendo reprisado às 05:00 da madrugada.
Dia 28
A Rede 21, que legenda cuidadosamente as séries que exibe, infelizmente não tem a mesma preocupação com seus filmes. Assim, é possível que um filme passe em versão dublada ou legendada, sem que eles avisem o modo de exibição em seu (no mais, excelente, do ponto de vista do acesso à informação) site. Em todo caso, não é toda hgora que se tem a oportunidade de assistir, em que formato for, a Cão Branco, possivelmente o melhor filme da fase tardia de Samuel Fuller (White Dog, 1982), que passa às 20:00. Caso prefira-se assistir à cópia em vídeo do filme, miraculosamente saída no Brasil, e não à versão que a Rede 21 exibirá (sabe-se lá se legendada ou dublada), o leitor pode ir ao canal da RetrôTV e assistir a Sortilégio de Amor (Bell, Book and Candle, 1958), tido como um dos melhores filmes de Richard Quine e estrelado por James Stewart, Kim Novak e Jack Lemmon. O filme passa às 21:00, e será repetido ao longo da semana.
Dia 29
Cidade Ameaçada (1959) é o primeiro filme policial de Roberto Farias (seus dois primeiros filmes são comédias), e o primeiro que projeta seu nome como diretor de ponta no cinema brasileiro da época, pré-cinema novo, tanto como um diretor que domina a técnica (artesão) quanto um cineasta com uma preocupação estilística (um autor). Hoje, as opiniões ainda são cambaleantes, a balança pesando um pouco mais para a primeira categoria, o que, convenhamos, não desemerece em nada esses cinqüenta anos de cinema (ah! se houvesse uns 10 como Farias no cinema brasileiro de artesanato estávamos salvos). Estrelado por Jardel Filho, Eva Wilma e Reginaldo Farias, irmão de Roberto, Cidade Ameaçada estréia no Canal Brasil às 23:40.

Dia 30
Nasci de uma Cegonha (Je suis né d'une cigogne, 1998), com Romain Duris, é o terceiro filme de Tony Gatlif que completa a série de três filmes do diretor que a TV5 exibiu nas últimas semanas. O horário, 5:20 da manhã, não é nada animador, mas não custa nada deixar o videocassete trabalhando enquanto se termina de (ou se começa a) dormir.
Dia 01/12
Aqueles que leram e ficaram babando com a novidade de que em setembro o canal Turner Classic Movies, ou simplesmente TCM, viria embelezar a programação de suas tvs a cabo ainda procuram, em vão, seu novo canal na programação. De fato, o TCM já está disponível, e sim, desde setembro. No entanto, parece que as principais redes não estão interessadas em comprar o canal para adicioná-lo ao pacote (hoje, apenas a Tecsat, concorrente de DirecTV e Sky, exibe o TCM). O próprio site da RetrôTV, que a princípio seria uma séria concorrente ao canal, já lançou uma campanha para fazer seus freqüentadores pedirem a suas operadoras a inclusão do TCM em seus pacotes. O link está aqui. Só para deixar babando mais ainda, a programação da tarde do Turner Classic Movies (tenha em mente a programação recente do canal "competidor", o Telecine Classic, para um aumento de intensidade dramática):
13:00 Ciúme, Sinal de Amor (The Barkleys of Broadway, 1949), de Charles Walters (Astaire/Rogers)
15:00 A Costela de Adão (Adam's Rib, 1949), de George Cukor (Hepburn/Tracy)
16:40 Assim Estava Escrito (The Bad and the Beautiful, 1952), de Vincent Minnelli (Lana Turner/Kirk Douglas).
Ruy Gardnier


 
O "arrastão" que atemorizou os jornalistas

contra-regra

Não foi à toa que, de uma hora para outra, o "cinema brasileiro" virou xodó da Rede Globo, ganhando um quadro fixo dentro do Fantástico com o elogioso título de "Cena Mágica". Esse pequeno cala-boca global apresenta uma série de anedotas de bastidores sobre os bastidores de filmes brasileiros, com ênfase, é claro, naquelas obras cujos diretores estão mais alinhados com as propostas de concentração de produção que norteiam a ideologia da emissora. Essas anedotas, se, por um lado, representam um sinal de que o cinema brasileiro se transformou em um objeto de interesse de massa através da sua aglutinação à máquina "global", por outro deixa claro o quanto o cinema brasileiro está sendo utilizado como massa de manobra dentro de uma disputa que vai muito além das grandes telas. (...)

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FILMES

Ali, de Michael Mann
por Paulo Ricardo de Almeida

O Círculo Vermelho (Le Cercle Rouge), de Jean-Pierre Melville
por Paulo Ricardo de Almeida

Paris No Verão (Haut Bas Fragile), de Jacques Rivette
por Ruy Gardnier

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