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Aprile, de Nanni Moretti

VEJA OS MELHORES DE 98 (público e crítica)
WONG KAR-WAI: PERFIL, por Ruy Gardnier
TUDO É SGANZERLA (Rogério Sganzerla e
Tudo É Brasil), por Bernardo Oliveira
TUDO É CENTRAL, MAS COMO SE SÃO
DOIS BRASIS
, por Bernardo Oliveira
O IRREFREÁVEL DESEJO DE REAL
(Nanni Moretti e Aprile), por Ruy Gardnier
METALINGUAGEM A SERVIÇO DA PÓLIS
(Wes Craven e Pânico 2), por Marlos Salustiano
FRACASSÔMANOS REIVINDICAM A DISCUSSÃO:
DEMOCRACIA É PARA TODOS
(Central do Brasil
e o Oscar, por Bernardo Oliveira)

Se é verdade que no Brasil o ano só começa depois do Carnaval, Contracampo promete – apesar de ter começado o ano realmente em janeiro – uma cada vez maior participação dos colaboradores e novos projetos que estão pintando (ainda em segredo no momento).

Infelizmente, temos uma notícia não muito agradável aos fãs de Jean-Luc Godard: devido a problemas da mudança de câmbio do novo pacote-FHC, a retrospectiva Godard com 22 cópias novas foi adiada por tempo indeterminado. Felizmente, o CCBB (que organizaria a mostra junto com o Estação Botafogo) vai garantir uma mostra abrangente em cópias já existentes no Brasil (fala-se em pelo menos 15 filmes) e com complementação em vídeo de filmes até hoje invisíveis no mundo todo, como o obscuro Lutas na Itália (produzido pela emissora RAI e nunca exibido comercialmente).

No mais, é ver Aprile, de Nanni Moretti. É ver Pânico 2 e observar como Wes Craven é (se alguém ainda não percebeu) um cineasta-autor. É ver A Eternidade e um Dia, vencedor de Cannes '98, para saber os caminhos do cinema de autor. E ver/ouvir/fazer tudo o que você quiser, pois a vida – mas não o filme – é bela.

Ruy Gardnier

Contracampo é atualmente: Christian Caselli, Vágner Rodrigues, Sofia Karam, Ruy Gardnier, Bernardo Oliveira, Rafael Viegas, Eduardo Valente. Coordenação geral: Ruy Gardnier.