Sede de Amar
Luiz Gustavo e Sandra Bréa
em Sede de AmarContracampo não viu Sede de Amar (também conhecido como Capuzes Negros), único filme cujo roteiro não é da mão de Reichenbach. Inclusive esse filme não agrada muito a seu autor. No sentido de dar alguma dimensão da obra, publicamos o texto da IstoÉ, redigido pelo crítico José Carlos Monteiro: "A julgar pelas inúmeras virtudes cinematográficas desta nova experiência do diretor Carlos Oscar Reichenbach Filho, sua carreira tomou um rumo temático e eestilístico bem definido. Embora, aparentemente, o filme pareça um recuo em relação ao admirável (e desconhecido) Lilian M Confissões Amorosas, tantas concessões o cineasta teve de fazer. De fato, há aparições. Mas Reichenbach não perdeu o fôlego inicial e soube construir com inegável habilidade uma trama atraente, apesar das obviedades e digressões. Naturalmente, Sandra Bréa não dispõe da força dramática de uma Cëlia Benvenutti (a maravilhosa atriz que deu a Lilian M sua grandeza), mas exibe com desenvoltura as saliências de um corpo mais apetitoso. mobilizado mais seriamente, Luiz Gustavo proporciona ao personagem do empregado do industrial a necessária verossimilhança. Em favor de Reichenbach, além da capacidade de dirigir bem seus atores, há a creditar a densa criação de uma atmosfera e a pintura irônica da hipocrisia social. Qualidades que, aliás, já apareciam em suas tímidas, mas promissoras, incursões no cinema marginal, como Audácia e As Libertinas."